Revolução
A Revolução chilena
Para muitos chilenos a história do Chile começa com os mapuche, povo araucaniano do sul do Chile, e sua resistência à Conquista Espanhola, uma resistência que manteve exércitos e colonizadores europeus e chilenos acuados por mais de três séculos. Os mapuches foram derrotados na década de 1880 pelos soldados chilenos e argentinos equipados com armamentos modernos. A bravura dos mapuche alimenta o mito de que o povo chileno foi formado por duas raças guerreiras – os espanhóis e os mapuche.
Na genealogia da esquerda chilena estão também as guerrilhas dos mestiços de Manuel Rodrigues e, depois da independência, os grupos urbanos das cidades pré-industriais do Chile e os errantes rurais.
Entram também na fundação da esquerda chilena os rebeldes mineiros com suas greves gerais e organizações manconunales. Os mineiros demonstraram seu poder e disposição para fechar a indústria de nitrato do norte com as greves gerais de 1890 e 1907. O sucesso desses trabalhadores de nitrato foi celebrado por líderes trabalhistas progressistas, mas violentamente sufocados pelo exército enviado pela elite chilena.
Em 1850 foi fundada na região central do país a Sociedade da Igualdade que conduziu às sociedades de ajuda mútua e às escolas noturnas e instituições culturais para os trabalhadores. Na década de 1860 houve as primeiras greves dos artesãos.
Durante a recessão econômica do final da década de 1870 os movimentos de artesãos se uniram aos dos trabalhadores industriais e seus chefes exigindo proteção para a indústria chilena.
A Guerra do Pacífico de 1878 pôs fim à recessão econômica com a conquista dos depósitos de nitrato dos desertos do norte do país, porém o apogeu do nitrato que se seguiu resultou numa industrialização das minas sob o comando de proprietários estrangeiros que impuseram baixos salários e péssimas condições de trabalho.
A greve geral que teve início em 1890 nas minas de nitrato do norte foi um grande marco na divisão entre uma