revolução

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A REVOLUÇÃO COMERCIAL E O TEMPO

Essa imagem do século XVII representa Constantino presenciando a aparição da cruz. Gaius Flavius Valerius Aurelius Constantinus governou uma porção crescente do Império Romano, até sua morte
A sociedade que se forma nas bases urbanas recebe todos os cidadãos indistintamente, divide os custos pela manutenção das estruturas comuns e, já a partir dos séculos XI e XII, a erigir e identificar os seus espaços e a construir os seus monumentos. Com o crescente desenvolvimento econômico e a introdução de novas atividades urbanas, como o ensino – universitas – e a burocracia administrativa e financeira, o burgo se transforma em um motor cultural para a transmissão da nova formação social.

Le Goff assim descreve esse período: “o domínio artístico essencial da Idade Média, o dos edifícios religiosos, ela criou uma arte urbana logo duplamente encarnada em produções sagradas e em produções profanas: a arte gótica. Pensou a si mesma como um lugar a ser construído e embelezado em harmonia com sua personalidade e seus valores, e produziu um urbanismo original e cada vez mais seguro de si”.

E o valor que predomina é o dinheiro e suas representações, que tanto podem ser objetos de arte, artistas, construções e mesmo adereços. Deixada a penúria dos primeiros tempos da Idade Média, agora o luxo e a aparência predominavam.

Agora o tempo passa a ter uma nova singularidade. Não é mais o tempo da religião, marcado pela presença dos sinos nos campanários, nem ao menos o tempo do agricultor, marcado pelo nascer e o pôrdo- sol. É o tempo de se produzirem mercadorias, gerar dinheiro e acumular bens. Ainda segundo Le Goff , “ o movimento urbano não se acomoda a esse tempo. Ele não se adapta nem à faina da cidade, nem ao ritmo de seu tempo passional, nem à satisfação de suas liberdades. A nova regularidade do trabalho urbano não é a dos camponeses conciliados com a natureza e as estações, mas a de artesãos e operários assalariados cujo labor

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