Revolução
1. O surgimento da sociedade industrial ocorreu na Inglaterra na segunda metade do século 18. Passou-se, de forma acelerada, do sistema doméstico ao sistema fabril de produção. Nascem as grandes cidades industriais. No plano tecnológico, disseminam-se os primeiros maquinismos.
2. Duas novas classes sociais se destacaram: a burguesia industrial, crescendo em força; e o proletariado, aumentando em contingentes. Operam-se novas relações sociais nessa sociedade de classes, com a ruptura histórica entre capital e trabalho. Nessa civilização urbano-industrial, deu-se a separação entre produtor e meios de produção.
3. Com os Atos de Navegação (1651), a Inglaterra destruiu a supremacia marítima dos Países Baixos. A ditadura de Cromwell (1653-1658) é expressão de uma fase protecionista de vigorosa ofensiva externa. O Parlamento, controlado por grandes comerciantes e pela aristocracia de terras, soube agir politicamente. A Revolução de 1688 – a chamada “Revolução Gloriosa” – favoreceu decididamente a expansão do comércio e a prosperidade agrícola. Com o mercado nacional unificado, com a hegemonia nos mares e com os recursos energéticos (carvão), a Inglaterra, dada a ênfase comercialista de sua política mercantilista, pôde acumular capitais para detonar o processo pioneiro de industrialização acelerada. A marginalização da Coroa (absolutista), com as revoluções de 1640 a 1688, e o controle dos setores populares mais baixos e radicalizados (“niveladores”, “cavadores” etc.) definem o perfil político da ordem burguesa instaurada. Em 1689, após a Revolução Gloriosa, o Parlamento obtém a definição da superioridade da “lei sobre o rei”, através da Declaração de Direitos. A monarquia constitucional permitirá a dinamização da vida econômica ao longo dos séculos 18 e 19.
4. É importante notar que não foi a expansão comercial que definiu o novo sistema, e sim sua organização fabril interna, com a utilização de invenções e inovações técnicas. Da venda