Revolução pernambucana
Quando a Corte portuguesa abandonou Portugal e se estabeleceu no Brasil, fugindo da invasão napoleônica, adotou diversas medidas econômicas e comerciais, gerando uma insatisfação enorme na população colonial. A implantação dos novos órgãos administrativos governamentais e a transmigração, da Corte e da família real portuguesa, exigiu a soma de recursos financeiros. Para obter, a Coroa lusitana rompeu com o pacto colonial, dando vários privilégios à burguesia comercial inglesa, e criando novos impostos e tributos em camadas populares e nos proprietários rurais brasileiros. Em nenhuma outra região, a má fama da Corte portuguesa foi tão forte quanto em Pernambuco. Mas um dos mais importantes centros da produção açucareira do Nordeste brasileiro, era em Pernambuco, que estava passando por uma grave crise econômica em por causa do declínio das exportações do açúcar e do algodão. Além disso, a grande seca de 1816 devastou a agricultura, provocando fome e espalhando miséria pela região. A insatisfação do povo, que era muito grande, aumentou devido aos pesados tributos e impostos, cobrados pelo governo de Dom João. Foi também em Pernambuco, que os princípios de "liberdade, igualdade e fraternidade", que diziam os ideais da Revolução Francesa, encontraram "solo fértil" para ser utilizado. Coube para as sociedades secretas e aos maçons, a organização de debates sobre as novas doutrinas revolucionárias, com o objetivo de avaliar dessas ideias à situação de crescente insatisfação da população colonial da região do Nordeste brasileiro. Destacaram-se neste trabalho, os padres João