Revolução industrial
A revolução industrial não se restringiu à introdução da máquina a vapor e ao aperfeiçoamento dos modos de produção. Ela representou muito mais. Representou o triunfo da indústria, comandada pelo empresário capitalista que, pouco a pouco, concentrou a propriedade das máquinas, das ferramentas e das terras, transformando populações inteiras em trabalhadores despossuídos.
A Revolução Industrial trouxe reformas no campo da economia, na forma de trabalho, na organização social, que se iniciaram na Inglaterra e se estenderam para o mundo todo. Um dos fatores de maior significado relacionado com a Revolução Industrial foi, sem dúvida, o aparecimento do proletariado e o papel que ele desempenhava na sociedade capitalista.
Num período de aproximadamente cem anos ( 780 a 1880), deu-se a formação de uma sociedade industrializada e urbanizada. Em decorrência dessas transformações, houve uma reordenação na sociedade rural, em ritmo crescente. Desapareceram os pequenos proprietários rurais, os artesãos independentes, e houve a imposição de prolongadas horas de trabalho, o que modificou radicalmente as formas habituais de vida de milhões de seres humanos.
Foi a transformação da atividade artesanal em atividade manufatureira e depois em atividade fabril que desencadeou a emigração maciça do campo para a cidade e que engajou mulheres e crianças em longas jornadas de trabalho, sem férias, com um salário de subsistência.
Mas, ao lado das novas situações colocadas pela Revolução Industrial, outra circunstância vinha ocorrendo e provocando mudanças nas formas de pensamento: a Revolução Francesa.
A Revolução Francesa aconteceu no mais populoso e poderoso país da Europa da época. Ao final do século XVIII, a França contava com uma população de 23 milhões de habitantes, dos quais cerca de 400 mil pessoas pertenciam à monarquia absolutista e usufruíam de muitos privilégios. Em 1789, de cada cinco habitantes europeus, um era francês. A Revolução Francesa