Revolução industrial
Com a Revolução Industrial, os complexos escolares aumentaram, já que o operariado, diferentemente do campesinato, precisava minimamente contar, ler e escrever. Com esse aumento, já se percebia, na legislação de vários países, a vontade de tornar a educação, cada vez mais, leiga, gratuita e oferecida estritamente pelo estado. E isso ocorreu à medida que a educação foi se tornando cada vez mais uma reivindicação primeira de quem a ela não tinha acesso, que, em geral, eram os próprios operários e os membros das classes populares. Então, antes de se construir um sistema educacional público unificado, houve um quadro de ensino em que uma escola era feita para as elites e outra para os segmentos mais pobres, o que, logicamente, determinava a adoção de conteúdos diferentes. No entanto, logo se constituiu um só sistema. O êxito do processo de industrialização e o desenvolvimento acelerado das ciências afloraram a necessidade de que a escola deixasse de trabalhar somente com temas morais e humanistas e acrescentasse os aspectos científicos ao conteúdo do ensino.
A tendência positiva é o conteúdo base do cientificismo que marcou, por muito tempo, a escolha dos currículos escolares por todo o Ocidente, e seus resquícios podem ainda ser notados em nossos dias, se não objetivamente, de maneira suave ou disfarçada. Ao negar a teologia e interpretações místicas da realidade, o positivismo tornou-se um marco científico da Modernidade.
Os historiadores apontam as revoluções burguesas do final do século XVIII como marco de passagem da Idade Moderna para a Idade Contemporânea. No entanto, sabemos que os movimentos culturais, econômicos e sociais que as tornaram possíveis constituem-se na Modernidade. O século XIX chegou repleto de estudos cada vez mais especializados sobre a educação e cheio de conflitos político de classe, entre trabalhadores e a burguesia. Isso faz com que surjam produções científicas e filosóficas muito influentes até nossos dias, como