Revoluçao industrial
1 – Consequências da revolução dos transportes
É com a Revolução Industrial que se dá um enorme passo em relação ao progresso da humanidade, com modificações nas estruturas da economia, da sociedade e da mentalidade, e isso traduz-se também numa evolução dos meios de transporte, mais concretamente numa Revolução dos Meios de Transporte e Comunicação.
O progresso dos meios de transporte e o aumento das vias de comunicação foram, sem dúvida, um factor de desenvolvimento da industrialização e do crescimento económico ao constituírem um enorme investimento que dinamizou o comércio e a economia mundial.
A navegação a vapor exige a organização de grandes sociedades capitalistas que se desenvolvem como companhias de navegação e investem de maneira a possuírem uma frota de barcos eficaz e serem capazes de a manter de maneira a gerar lucro. Exemplos destas companhias são a Peninsular and Oriental Company (Inglaterra) e a Compagnie Transatlantique (França).
Os caminhos-de-ferro também representam um papel importante no crescimento económico. O investimento nesta actividade é enorme pois os Estados sozinhos são insuficientes para construir um empreendimento a tão larga escala. Desta maneira em 1850 os capitais injectados na construção das linhas férreas provém de particulares, de grandes banqueiros ou da venda de acções e obrigações (CAPITALISMO FINANCEIRO). É importante referir o desenvolvimento de grandes empresas industriais que se baseiam em sociedades por acções de dimensões variadas contendo capital de variadas origens que representam um risco menor para os investidores e uma maior fonte de investimento rentável. Mas não é só a nível de investimento que afectam a economia: a agricultura encontra novos mercados e vende mais facilmente em zonas distanciadas; fomenta-se a exploração de ferro, carvão e madeira e impulsiona-se a siderurgia e a metalurgia; estimula-se a industrialização ao garantir o abastecimento de matérias-primas; expandem-se as trocas