Revoluçao de 30
Muitos foram os Estados que se voltaram para a militância e aceitaram a revolução no período de 1930. Independente da administração governamental exercida na época, as forças revolucionárias tinham êxito, conseguindo se impor e tomando assim o poder. Aconteceu assim no Pará, pois o governo local, apesar de bem conduzido teve que se render. Eurico Vale, que era o então governador, tinha uma conduta que não dava margem a qualquer tipo de crítica, realizava uma administração austera e de primeiro nível. Tinha renome nacional e estava cogitado para ser um dos ministros Presidente Julio Prestes. Não havia praticamente nenhuma oposição e Eurico e ele contava ainda com o apoio do jornal Folha do Norte que tinha como diretor o deputado federal Paulo Maranhão. A forma como Eurico Vale atuava, tornara-se o principal obstáculo para os revolucionários paraenses, pois não tinham como atacá-lo e não era fácil fazer com que a sociedade se voltasse contra o governador. Acontecia então no Pará uma contradição que levava os revolucionários à dúvida se conseguiriam conquistar o Estado. Pensava-se que o País poderia até mudar o rumo da sua história, mas o Pará seria uma exceção, pois a atuação do executivo não deixava a desejar e tudo corria bem. As coisas até poderiam mudar no plano federal, conforme a população concordava, porém no Pará não acontecia a mesma coisa, pois o governador contava com o respeito e simpatia de quase toda a população. Se aqui no Pará a revolução encontrou espaço, foi por causa do Jornal O Estado do Pará, que tinha como dono Afonso Justo Chermont, que era oposição ao governo. A redação deste jornal transformou-se no quartel general dos revolucionários, tornando-se um alvo de ataques, com edições que saiam ostentosas em relação a