Revoluçao arabe
Um vendedor de rua ateou fogo ao prórpio corpo numa cidade pobre da Tunísia em 17 de dezembro de 2010. Mohamed Bouazizi, de 26 anos , protestava contra a violência e a humilhação que havia sofrido ao ser espancado pela polícia, que tentava confiscar sua barraca de frutas. Seu ato extremo transformou-se em símbolo da frustação dos jovens tunisianos com a dificil vida sob a ditadura de 23 anos de Zine al-Abidine Ben Ali. Protestos , alastraram-se pelo país, e em 14 de janeiro de 2011 , a Tunísia viveu um momento histórico para todo o mundo árabe. Pela primeira vez, um líder local foi derrubado pela força da pressão do próprio povo. O episódio ficou conhecido como Revolução de Jasmim, a flor nacional da Tunísia. Rapidamente o aroma de jasmim da pequena Tunísia chegou ao gigantesco Egito. Demonstrações populares que tiveram como epicentro a praça Tahrir, no centro de Cairo , derrubaram o ditador Hosni Mubarak , em 11 de fevereiro. A revolução na nação mais populosa e influente do mundo árabe contagiou de vez a região com a perspectiva de que é possível superar o medo e enfrentrar a violência dos ditadores. Revoltas populares , com maior ou menos força , espalharam-se na vasta área entre o oceano Atlântico e o golfo Pérsico. O mundo árabe é formado por um conjunto de países localizados no norte da África e no Oriente Médio. A maneira mais usual de identificar as nações que compõem esse grupo é a Liga Árabe , fundada em 1945, que visa a representar os interesses e articular politicamente os países árabes. A instituição tem 22 países-membros. Em parte deles, espalha-se o rastilho da revolta: a multidão sai às ruas para protestar contras as condições de vida e governos autoritários. Em 2011 , a organização não governamental Freedom House , que avalia o estado dos direitos políticos e das liberdades civis nos vários países, classificou o mundo árabe como "não livre". A exceção foram o Marrocos, Líbano, Omã, Catar e Kuweit , considerados "