PRIMAVERA ÁRABE: Um Estudo sobre a Revolução Jovem na Tunísia
Murillo Marra de Oliveira
PRIMAVERA ÁRABE:
Um Estudo sobre a Revolução Jovem na Tunísia
BRASÍLIA
2014
1. INTRODUÇÃO
TEMA
A Primavera Árabe foi o nome dado ao fenômeno que eclodiu no final de 2010 no oriente médio, e que ainda perdura. Deu-se inicio com a Revolução de Jasmim, na Tunísia. Ao tomar dimensões jamais vistas, em todo o mundo árabe, a nomenclatura se espalha, buscando lembranças á “Primavera de Praga” ou “primavera dos povos” (1948) quando o eslovaco Alexander Dubcek assume o poder na antiga Tchecoslováquia, provocando uma mudança crescente no país comunista.
O estudo proposto para análise se delimitará da seguinte forma; a proposta é que a analogia seja dividida em três capítulos, com a finalidade de contextualizar o título inicialmente proposto. No primeiro capítulo abordarei um debate conceitual que dará sequencia com vários subtemas, que serão eles: Conceito de Revolução, Regimes Autoritários, Regimes Totalitários, Mudanças de Regime. Para a fundamentação deste debate conceitual utilizarei os mais renomados pesquisadores e especialistas da área com fim de se entender as transformações em andamento.
O intuito deste primeiro capítulo é apresentar a relevância das características societárias do período de transição que apresenta uma dicotomia entre paz e violência e a diferença entre duas sociedades: dos iguais e desiguais. Atentando-se também, que para uma revolução resultar em democratização, o conceito de democracia deve ser o ideal propulsor desta aspiração.
O segundo capítulo aprofunda-se no escopo do tema e ressalta as peculiaridades da Tunísia. Tratando em primeira seção dos principais problemas basilares sociais e culturais naquele país antes da eclosão dos protestos. Na segunda parte deste capítulo o enfoque é nas