revolucoes
Segundo o próprio autor, o livro encontra-se, a princípio dividido em duas partes; sendo a primeira referente ao desenvolvimento histórico do intervalo compreendido na obra e a segunda parte a respeito da construção da sociedade a partir de tais eventos. Hobsbawn, propõe, a partir desta obra, uma interpretação dos fatos e acontecimentos, em detrimento a uma análise minuciosa destes. Entretanto, sublinha a importância destes mesmos eventos para o panorama mundial da época, assim como, para o contemporâneo e suas ramificações e extensões para a formação da modernidade e pensamento sócio-político-econômico.
Hobsbawm procura basear sua análise nas produções bibliográficas que remontam ao fim do século XVIII (principalmente pelos cronistas do próprio período da revolução, como Guizot, Michelet, Tocqueville, Burke etc.), o século XIX e o século XX.
Não bastasse a abrangência gigantesca do livro e o absolutamente hercúleo trabalho de pesquisa de Hobsbawm, ele ocupa-se ainda em por em relevo uma tendência historiográfica que ele considera perigosa a respeito da Revolução Francesa: o revisionismo histórico a esse respeito. Hobsbawm dirige-se, entre outros, aos trabalhos de François Furet e Denis Richet, cujas visões acerca do processo revolucionário francês incomodam-no profundamente.
Hobsbawm critica-os pelo extremismo, que minimiza a agência histórica de vários sujeitos nesse processo e que, por consequência, acaba por alijá-los em sua