revolucoes

549 palavras 3 páginas
O ponto de partida da obra “A Era das Revoluções” de Hobsbawn é o estudo do período compreendido entre 1789 e 1848, marcado por diversos acontecimentos sociais, políticos e econômicos. Os principais destaques, todavia, são a a revolução industrial britânica em seus estágios iniciais e desenvolvimento, assim como a Revolução Francesa, aos quais, o autor nomeou com o termo a “dupla revolução”. Pontua os efeitos de tais acontecimentos e seus reflexos no mundo contemporâneo e não apenas no tocante à França e Inglaterra apenas.

Segundo o próprio autor, o livro encontra-se, a princípio dividido em duas partes; sendo a primeira referente ao desenvolvimento histórico do intervalo compreendido na obra e a segunda parte a respeito da construção da sociedade a partir de tais eventos. Hobsbawn, propõe, a partir desta obra, uma interpretação dos fatos e acontecimentos, em detrimento a uma análise minuciosa destes. Entretanto, sublinha a importância destes mesmos eventos para o panorama mundial da época, assim como, para o contemporâneo e suas ramificações e extensões para a formação da modernidade e pensamento sócio-político-econômico.

Hobsbawm procura basear sua análise nas produções bibliográficas que remontam ao fim do século XVIII (principalmente pelos cronistas do próprio período da revolução, como Guizot, Michelet, Tocqueville, Burke etc.), o século XIX e o século XX.

Não bastasse a abrangência gigantesca do livro e o absolutamente hercúleo trabalho de pesquisa de Hobsbawm, ele ocupa-se ainda em por em relevo uma tendência historiográfica que ele considera perigosa a respeito da Revolução Francesa: o revisionismo histórico a esse respeito. Hobsbawm dirige-se, entre outros, aos trabalhos de François Furet e Denis Richet, cujas visões acerca do processo revolucionário francês incomodam-no profundamente.

Hobsbawm critica-os pelo extremismo, que minimiza a agência histórica de vários sujeitos nesse processo e que, por consequência, acaba por alijá-los em sua

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