A era das revoluções
Com este advento, as pessoas que viviam na cidade começam a ter mais acesso à cultura e participar mais ativamente de questões referentes à sociedade. Além disso, este fenômeno ganha maiores proporções com as publicações de imprensa, que fomentavam a opinião pública. Desta forma, alguns grupos com ideais liberais iniciam movimentos de contestação à Santa Aliança, que tinha o objetivo de conter os ideais disseminados pela Revolução Francesa. Gradualmente, os liberais, anteriormente vistos como subversivos, começam a ter suas ideias vistas como justificáveis, endossando as revoluções que estavam por vir. Sob este ponto de vista, o povo europeu começa a ver as autoridades e monarcas que não se submetiam as leis, como tiranos.
De acordo com Eric Hobsbawm, historiador marxista britânico, esta primeira etapa do século XIX é considerada a Era das Revoluções justamente pela disseminação de ideais de liberdade por grupos organizados na Europa. Eles defendiam temas como direitos humanos, igualdade entre os cidadãos e soberania da população. Influenciados pela Revolução Francesa, ativistas de cunho nacionalista e liberal acirravam a revolução permanente. Naquele momento, ocorriam movimentos importantes como guerras pela independência nacional das colônias na América Latina, entre outros levantes.
No que se refere aos países da Escandinávia, Grã-Bretanha e Países Baixos, ocorreram disputadas acirradas dentro dos parlamentos. Porém, no período que engloba os anos de 1815 e 1848, foram