A era das revoluções

A Era da Democracia De acordo com o texto de Rémond, o século XIX foi tão fértil em levantes, insurreições, guerras civis, que por direito, pode ser chamado o século das revoluções. Segundo ele, estas revoluções têm em comum, o fato de terem sido quase todas dirigidas contra a ordem vigente (regime político, ordem social, dominação estrangeira), quase todas feitas pela liberdade; pela democracia política ou social e pela independência ou unidade nacionais. Segundo Rémond, inicia-se no ano de 1815, o período da contra-revolução, que ficou conhecido como “Restauração,” um movimento contrário à Revolução Francesa, que almejava a volta do poder monárquico. Porém nem todos os monarcas tiveram seu poder restabelecido porque as ideias da Revolução de 1789 continuavam vivas, a liberdade ainda era palavra de ordem. O autor destaca que a primeira onda de movimentos derivada dessa restauração do antigo regime, foi a do movimento liberal que domina todo o século XIX, através de manifestações que tiveram por cunho a filosofia liberal, que era opositora a todo tipo de poder absoluto, inspirando novas revoluções. Rémond ressalta ainda que, após o Congresso de Viena, o mapa da Europa sofreu algumas modificações e que as mudanças não ocorreram somente nos mapas, mas também nas instituições, principalmente na França, onde a Revolução se originou. Após a revolução, o Rei Luís XVIII assinou a Carta Constitucional, que mudava os rumos que o poder, até então, tinha tido.

A Europa no século XIX De acordo com Hobsbawm, o mais formidável legado da Revolução Francesa foi o conjunto de modelos e padrões de sublevação política que ela estabeleceu para uso geral dos rebeldes de toda parte do mundo. Segundo ele, as revoluções de 1815-48, ocorreram porque os sistemas políticos novamente impostos à Europa eram profundamente e cada vez mais inadequados, num período de rápida mudança social, para as condições políticas do continente, e porque os descontentamentos econômicos e