Revoltas indígenas
A guerra dos guaranis, 1753-1756
Em meados do século XVIII ocorreu um dos mais importantes movimentos de resistência da história colonial: a recusa dos índios guaranis em obedecer à ordem de sair de suas terras durante a demarcação dos limites do território brasileiro imposto pelo Tratado de Madri (1750). Foi a chamada Guerra Guaranítica.
Pelo Tratado de Madri, acertado entre Portugal e Espanha em 1750, os portugueses tinham de sair em definitivo do rio da Prata. Para isso, era preciso que padres jesuítas e índios guaranis abandonassem a região. Entre os índios guaranis a reação foi a revolta. Para eles, a determinação implicava em prejuízos materiais, extinção de povoados e perda de autonomia.
Com o apoio dos padres missionários, armaram-se e se rebelaram contra a determinação. Portugueses e espanhóis enviaram tropas do Rio de Janeiro, Montevidéu e Buenos Aires para obrigar os índios a abandonar a região. Chefiados por Sepé Tiaraju e outros líderes, milhares de guaranis das missões sustentaram a luta. A morte de Sepé, em fevereiro de 1756, resultou no fim da guerra.
A Confederação dos Tamoios é a denominação dada à revolta liderada pela nação indígena Tupinambá, que ocupava o litoral do que hoje é o norte paulista, começando por Bertioga e litoral fluminense, até Cabo Frio, envolvendo também tribos situadas ao longo do Vale do Paraíba, na Capitania de São Vicente, contra os colonizadores portugueses, entre 1556 a 1567, embora se tenha notícia de incidentes desde 1554.Aproveitando dessa prática, João Ramalho, parceiro do governador da Capitania de São Vicente, Brás Cubas, casou-se com uma filha da tribo dos guaianases. Através dessa parceria, eles comandaram um ataque à aldeia dos tupinambás, na tentativa de aprisioná-los e usá-los como mão-de-obra escrava.
Conseqüências
Mesmo com a derrota final dos Tamoios, o empreendimento colonizador português compreendeu que seria difícil usar como força de trabalho os indígenas, dadas as