Revolta e violência no nordeste
Ocorreu entre os anos de 1870 a 1940 (setenta anos), no Nordeste do Brasil.
Para alguns pesquisadores, ele foi uma forma pura e simples de banditismo e criminalidade. Para outros foi uma forma de banditismo social, isto é, uma forma de revolta reconhecida como algo legítimo pelas pessoas que vivem em condições semelhantes.
Os bandos perseguiam metas isoladas, às vezes até mesmo brigando entre si, e teve seu auge entre 1922 e 1930, quando espalharam o terror em todo o semi-árido Nordeste e foram perseguidos pelas tropas de sete estados: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Segundo os pesquisadores do fenômeno, o banditismo está na origem da colonização no Nordeste brasileiro, uma vez que os pioneiros, financiadas pela Coroa, invadiam o Sertão para eliminar as populações nativas que reagiam à ocupação de suas terras, mas ainda entendem que outro fator que contribuiu deveras para a proliferação do cangaço: a grande seca que dizimou o Nordeste em 1877, que espalhou pobreza extrema e fome. Milhares de sertanejos sem nenhuma perspectiva de sobrevivência buscavam no cangaço uma forma de sobrevivência.
O cangaço tem suas origens na terrível exclusão social em que vivia os pobres do nordeste, traduzindo-se em miséria, fome, secas e injustiças que os coronéis-fazendeiros produziram no semi-árido do Nordeste um cenário favorável à formatação de grupos armados conhecidos como cangaceiros. Os cangaceiros praticavam crimes, assaltavam fazendas, não tinham moradia fixa, viviam perambulando pelo sertão, fugindo, se escondendo e matando pessoas. Espalhavam medo numa terra sem lei.
Mas também serviam aos interesses de fazendeiros, onde alguns deles (chamados de coiteiros) os escondiam das tropas policiais (chamadas de volantes)... Em troca, os cangaceiros prestavam serviços tais como assaltar o gado de fazendeiros inimigos, matar desafetos, etc.
O posto de capitão de Virgulino Ferreira da