Revolta da Chibata
Em 1910, foi feito um movimento organizado pelos marujos. Nossa Armada (nome da Marinha naquela época), mesmo no período republicano, mantinha hábitos que haviam sido proibidos desde o fim do período imperial e reintroduzidas em abril de 1890, tal como a prisão em solitária de 3 a 6 dias e as agressões físicas realizadas na forma de 25 chibatadas aos marujos de mais baixas patentes, principalmente por serem oriundos de baixa classe média, e por isso se pensava que eles deveriam apanhar para aprender. Essa era a principal causa da revolta, e a intenção dos marujos era acabar com o código de disciplina da armada, que previam castigos corporais. Além disso, suas condições de trabalho eram precárias e seus salários eram baixíssimos.
Essa situação já havia criado outras movimentações e princípios de revolta em momentos anteriores da história, como governos anteriores de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto por exemplo, e entre 1808 e 1809, quando centenas de marujos tentaram negociar melhores condições para seu trabalho, sem nenhum sucesso. Neste ano, o marujo Marcelino Rodrigues de Menezes foi acusado de embarcar com uma garrafa de cachaça, sendo punido com 250 chibatadas em público, o que só reforça o poder de repressão que o governo exercia nessa época. Dentro desse movimento, os marujos, liderados por João Cândido (um homem negro, pobre, analfabeto que hoje é representado pela estátua da Praça XV) tomaram o controle dos navios de guerra Minas Gerais e São Paulo, além de outros