Revolta da Chibata
Curso Técnico de Química
História
A Revolta da Chibata
Novo Hamburgo, 25 de abril de 2013
A Revolta da Chibata
A Revolta da Chibata foi um movimento organizado e planejado, que eclodiu em um momento em que a Marinha de Guerra do Brasil passava por um intenso processo de modernização, quando o país tinha a esquadra mais poderosa da América Latina. Porém, essa modernização não foi acompanhada por mudança na vida dos trabalhadores, como na dos marinheiros, que continuavam recebendo castigos físicos. Os castigos corporais haviam sido abolidos no dia 16 de novembro de 1889, mas foram retomados cinco meses depois por pressão dos oficiais da marinha. No dia 22 de novembro de 1910, após Marcelino Rodrigues de Menezes ter recebido 250 chibatas por levar uma garrafa de cachaça para o navio, marinheiros da armada nacional fizeram um levante contra o governo comandado pelo presidente Hermes da Fonseca, que durou até o dia 26 do mesmo mês. Dois mil marujos da Marinha do Brasil, liderados pelo também marinheiro João Cândido, tomaram o comando do navio Minas Gerais, matando o comandante do navio e três oficiais que resistiram durante o combate. Além disso, assumiram também o comando dos navios São Paulo, Bahia e Deodoro. Como meio de afronta, apontaram os canhões de bombardeio dos quatro navios capturados para a cidade do Rio de Janeiro, na época capital do país, e enviaram um comunicado ao presidente da república explicando as razões da revolta e fazendo suas exigências. O movimento ficou conhecido como Revolta da Chibata por apresentar como uma de suas principais reivindicações o fim dos castigos físicos aos marinheiros, que eram punidos com 25 chibatadas quando suas atitudes eram consideradas faltas graves. Os marujos não suportavam mais as terríveis e humilhantes punições, reclamavam da má alimentação e dos miseráveis soldos, exigindo melhores condições de