Revolta da Chibata

INTRODUÇÃO

Noite de 22 de novembro de 1910, a informação que explodira uma Revolta na Marinha brasileira, interrompe a encenação da ópera Tanhãuser, do alemão Richard Wagner, no Rio de Janeiro. Centenas de espectadores que estavam presentes no teatro para homenagear o presidente da República, recém empossado, o marechal Hermes da Fonseca, saem do 'mundo wagneriano' e voltam para a realidade brasileira.
Os marinheiros, liderados por João Cândido, chamado de Almirante Negro, tomaram os quatro maiores navios da Marinha Brasileira e ameaçaram bombardear a capital federal caso o governo não atendesse as suas reivindicações: “nós, marinheiros, cidadãos brazileiros e republicanos, não podendo mais suportar a escravidão na Marinha brazileira, a falta de protecção que a Pátria nos dá ..., queremos reformar o código imoral e vergonhoso que nos regem, affim de que desapareça a chibata, o bolo e outros castigos similhantes...” ( Manifesto dos marinheiros contra a 'escravidão na Marinha', 1910.)

Passados 98 anos da Revolta dos Marinheiros, no dia 23 de julho de 2008, o presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou, com veto de pagamento de indenizações aos descendentes dos marinheiros, a Lei nº 11.756, que reconhece e restaura os direitos de anistia concedidos a João Cândido Felisberto e aos seus companheiros do levante de 1910. No dia 22 de novembro de 2010 foi comemorado cem anos da Revolta da Chibata, levante esse que buscou a conquista de direitos básicos em uma sociedade marcada pela desigualdade e injustiças sociais.
A pesquisa monográfica pretende estudar a Revolta da Chibata que ocorrera na cidade do Rio de Janeiro, no final do ano de 1910, tendo como cenário os principais navios da Frota Naval Brasileira. Foram diversos os fatores que contribuíram para o desencadeamento do ocorrido sendo, os castigos corporais, um dos principais.
O objetivo geral deste projeto é a análise dos motivos que levaram um determinado movimento rebelde ao levante, dentro