Intoxicações exógenas

INTOXICAÇÕES EXÓGENAS
Maneira prática e fácil de tratar é pela abordagem das Síndromes Tóxicas (Toxíndrome). Junta as drogas que tem o mesmo efeito ou mecanismo de ação e trata igual, reduzindo a chance de erro, aumentando a chance de acerto e evitando iatrogenia.

Abordagem inicial:
1. Avaliação clínica inicial: A, B, C, D e E do ATLS.
Avaliar risco de morte:
Condições respiratórias (A e B): obstrução de VA; apneia; bradipneia; EAP; IR.
Condições cardiocirculatórias ©: alteração de FC; PA; parada cardíaca; estado de choque; disritmia.
Condições neurológicas (D): estado de mal convulsivo; PIC; pupilas; avaliar nistagmo (comum em usuários de crack o nistagmo lateral); glasgow; reflexos; rebaixamento ou agitação; sintomas extrapiramidais.

2. Estabilização: também pelo ABCDE.
A: checar via aérea e necessidade de intubação.
B: ver ventilação.
C: reverter choque e alterações CV.
D: diagnóstico diferencial.
E: exposição (ver se contaminação foi pela pele. Caso positivo, dar banho no paciente).

3. Reconhecimento da toxíndrome e identificação do agente causal
Síndrome tóxica: complexo de sinais e sintomas produzido por doses tóxicas de substâncias químicas.
Anamnese e exame físico cuidadoso.
Se tóxico conhecido: fazer estimativa da quantidade em contato com o organismo, do tempo decorrido desde o acidente até o atendimento, sintomatologia inicial.
Se tóxico desconhecido: são dados suspeitos: inicio agudo da sintomatologia, idade, etc.
Exame: pele e mucosas (temperatura, hidratação, odor, coloração); boca (hálito, lesões corrosivas); olhos; SNC; cardiorrespiratório; respiração.

Síndromes:
Anticolinérgica: não muito comum no PS
Sintomas: rubor facial, mucosas secas, hipertermia, taquicardia, midríase, retenção urinária, agitação psicomotora, alucinação e delírios.
Agentes: atropina; anti-histamínico; antiparkinsoniano; ADT; Plasil®; Buscopan®.
Anticolinesterásica:
Sintomas: sudorese; lacrimejamento; salivação; aumento da secreção brônquica;