Revisão Bibliográfica: O rearranjo político e a ideologia do Estado Novo nas instituições públicas.
Instituto de Ciência Política – IPOL
Estado Novo, violência e o imaginário político.
Revisão Bibliográfica: O rearranjo político e a ideologia do Estado Novo nas instituições públicas.
Esta Revisão Bibliográfica almeja expor, ainda que de forma breve e simplificada, pontos de vista de alguns autores acerca da estruturação da doutrina nacionalista de Vargas; o modo como ampliou a presença do Estado sobre uma base autoritária, porém popular, mas principalmente da forma como isto foi realizado: permeando as relações sociais nos mais diversos setores da sociedade - o Exército, as classes produtoras, a Igreja - instaurando uma ideologia varguista, presente desde as relações sindicais às instituições públicas de ensino.
Para expor a política Vargas e sua doutrina nacionalista que buscava atingir todos os setores da sociedade estendendo o braço do Estado, fazendo-o mais presente, é inevitável deixar de contextualizar, ainda que brevemente, o período anterior a ascensão de Vargas, a República Velha.
A República Velha (1889-1930) foi um período da história nacional que ficou caracterizado por diversas práticas políticas, como a Política do Café com Leite e as máquinas eleitoreiras – símbolo maior das relações Oligárquicas existentes à época - e o Coronelismo - símbolo maior do atraso político da época – que era um sistema fundado sob os mantos das oligarquias, em que pese a importância dos elementos que o compunham, como o mandonismo e o clientelismo, práticas que ainda hoje não são difíceis de serem observadas, porém não sob a forma de um sistema, como era na época. A Política dos Governadores de Campos Salles, de 1906, institucionalizou o coronelismo enquanto sistema e promovia uma descentralização do poder baseado em relações de compromissos entre as oligarquias a fim de garantir maior governabilidade ao poder central, que por sua vez garantia a manutenção do poder local a estas oligarquias.
O primeiro problema de