Estado e políticas educacionais: formação continuada de professores pela qualidade da educação básica brasileira
Maria do Carmo Caetano
Maria Alice de Miranda Aranda
Resumo: O presente artigo tem como objetivo principal analisar a formação continuada de professores da educação básica, a partir dos anos de 1990, como uma política voltada para a qualidade social da educação brasileira. A partir deste contexto, o Estado brasileiro passou a investir na formação inicial e continuada dos professores da educação básica, no entanto, estudiosos afirmam que a qualidade do ensino-aprendizagem requerida pela sociedade brasileira e pelos organismos multilaterais nacionais e internacionais, fontes financiadoras da educação, não se faz presente na escola brasileira. Portanto, neste texto cabe responder a seguinte questão: como o Estado tem proporcionado as políticas de formação continuada de professores para a educação básica? A metodologia de trabalho tratá-se de um estudo bibliográfico que está orientado por uma abordagem qualitativa fundamentada por concepções teóricas que defendem uma educação como direito de cidadania e como dever do Estado. A estruturação do texto busca atender também aos seguintes objetivos: a análise das relações Estado-Sociedade e políticas educacionais; a análise da formação continuada no momento atual e alguns apontamentos sobre indicadores para a qualidade social da educação brasileira. A teoria estudada demonstra mudanças relevantes para a educação brasileira em relação à formação do professor, aos meios e instrumentos pedagógicos, na preocupação com o aperfeiçoamento da prática educativa, principalmente, nas questões relacionadas com a formação continuada de professores para a educação inclusiva, a educação tecnológica, e nas áreas da linguagem e dos conceitos matemáticos. No entanto, essas propostas públicas para a qualidade da educação foram marcadas por equívocos, principalmente, pela descontextualização, descontinuidades e pela falta de