Revisão bibliográfica madeira plástica
J. W. R. da Silva Filho1, A. S. F. Santos1
1 Departamento de Engenharia de Materiais, UFPB, João Pessoa, Brasil
I. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O meio ambiente vem sofrendo consequências drásticas diretamente relacionadas às revoluções tecnológicas e mudanças comportamentais vividas nas últimas décadas. O desenfreado crescimento populacional e econômico de diversas regiões do mundo, maximiza ainda mais um dos principais problemas encontrados neste contexto: os resíduos sólidos urbanos, mais comumente chamados de lixo [1]. A reciclagem - ato de tornar útil e disponível novamente o material que já foi utilizado anteriormente dentro de um sistema, eventualmente através de um processo de transformação físico-químico – é um ótimo exemplo de política pública que busca minimizar, com eficiência, os efeitos negativos inerentes ao crescimento mundial [10]. No Brasil, o modelo de reciclagem é baseado na coleta seletiva - sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos - e, mesmo que apenas 14% dos municípios brasileiros apresentem esse tipo de coleta (de acordo com o estudo Ciclosoft, 2012), é crescente o número de cidades que se movimentam para fazer planos municipais de gestão do lixo e implementar a coleta seletiva com objetivo de aproveitar materiais antes despejados em lixões. São produzidos mais de 193.000 ton/dia de resíduos sólidos no Brasil, dentre os quais, os materiais orgânicos e os plásticos se destacam, ocupando o topo da lista com 51,4% e 13,5%, respectivamente, do montante total [2] e [8]. Por ter vida útil longa, resistência à degradação, difícil processo de separação (devido a imensa variedade existente), leveza (flutuando em lagos e córregos de água) e apresentar baixa densidade (gerando grandes volumes), os plásticos têm sido um dos principais vilões dos