revisao
Biotemas, 23 (2): 183-190, junho de 2010
ISSN 0103 – 1643
Modelos experimentais para indução de cirrose hepática em animais: Revisão de literatura
Cristiane Carlin Passos1*
Amanda Olivotti Ferreira1
Francisco Javier Hernandez Blazquez 1
Ricardo Romão Guerra2
Setor de Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, Departamento de Cirurgia
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo
Avenida Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, CEP 05508-270
Cidade Universitária – São Paulo – SP, Brasil
2
Departamento de Ciências Veterinárias, Centro de Ciências Agrárias
Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal da Paraíba, CEP 58397-000 Areia – PB, Brasil
*Autor para correspondência criscarlin@usp.br 1
Submetido em 08/09/2009
Aceito para publicação em 26/01/2010
Resumo
O fígado desempenha papel homeostático fundamental no equilíbrio de numerosos processos biológicos.
Cirrose hepática é uma síndrome, na qual convergem algumas doenças hepáticas crônicas, ocorrendo lesão hepatocelular seguida de deposição exacerbada de tecido fibroso ocasionando desorganização da arquitetura tecidual. O fígado está sujeito à lesão potencial por uma grande quantidade de agentes farmacológicos, tóxicos e/ou microbiológicos. Para o estudo de possíveis tratamentos para a cirrose, é necessário o estabelecimento de modelos animais de indução de cirrose, principalmente em roedores de laboratório que mimetizem o processo cirrótico encontrado em animais e homem, que tenham alta reprodutibilidade, homogeneidade e baixa mortalidade.
Sendo assim, a indução de cirrose hepática torna-se primordial para investigar doenças hepáticas crônicas, como também para testar possíveis tratamentos terapêuticos para posterior utilização na clínica veterinária e humana. Tetracloreto de Carbono- CCl4, Tiocetamida – TAA e Dimetilnitrosamina – DMN têm sido as drogas de eleição para a indução da cirrose experimental em ratos, e são os modelos