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Águas cinzas e o desenvolvimento sustentável
A Organização Mundial da Saúde – OMS e a Organização das Nações Unidas – ONU entre outras instituições vêm alertando para o fato de que em algumas décadas a água doce será o recurso natural mais escasso e disputado pela maioria dos países. Dados da Associação dos Fabricantes de Materiais Sanitários – ASFAMAS informam que o brasileiro gasta, em média, cinco vezes mais água do que o volume indicado como suficiente pela Organização Mundial de Saúde que recomenda o consumo diário de 40 litros diários por pessoa, enquanto que no Brasil são consumidos 200 litros dia/pessoa.
Nesse contexto, surge o conceito de “água cinza”, que nada mais é do que a água que foi utilizada na máquina de lavar, na pia, na banheira ou no chuveiro. Correspondendo de 50 a 80% da água usada que vai para o esgoto, a água cinza possui diversas aplicações: irrigação de terrenos, lavagem de pisos e janelas, uso no vaso sanitário, dentre outras.
Por possuir inúmeros aspectos positivos, a utilização da água cinza vem sendo discutida por vários setores da sociedade e já é praticada por alguns. Segundo o engenheiro Alexandre Santos, um condomínio que adote tal processo possui o grande benefício de usar essa água de reuso para fins não potáveis, conseguindo economia e ajudando de maneira muito significativa o meio ambiente. “Esse volume de aproximadamente 40.000 litros que eles não compram, ou você atende a outros locais que ainda não têm essa água ou deixa de retirar essa água do manancial. Além disso, esse esgoto que está sendo tratado está deixando de ir para uma estação de tratamento (redução de custos) e para os mares”.
Diante destas vantagens, muitas cidades vêm destacando a importância do Projeto de Lei Municipal Nº 175/05, onde são descritas medidas que induzem à conservação e uso racional da água, além da utilização de fontes alternativas para a captação da mesma. O projeto foi escolhido pelo prêmio Greenvana