Resíduos sólidos
1.1 Conceituação e Origem
O conceito de lixo ou resíduo revela a pobreza cultural e menosprezo que se tem dedicado ao tema, bastando para tal recorrermos ao mais popular dos nossos dicionarios, o qual segundo FERREIRA (1976) conceitua:
Lixo: Tudo aquilo que se varre da casa, do jardim, e se joga: entulho, tudo o que não presta e se joga fora. Sujidade, sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Resíduo: remanescente. Aquilo que resta de qualquer substancia, resto. O resíduo que sofreu alteração de qualquer agente exterior por processos mecânico, químicos e físicos.
As duas definições acima apresentam idéias semelhantes entre o termo resíduo e lixo, denotando tudo que “sobra, resta ou não presta”. Normalmente, são associados a esses conceitos adjetivos desqualificadores, tais como: sujo, velho, imprestável, etc, no entanto como facilmente se pode depreender, não é este o conceito correto. Evidencia-se, já aqui, a pobreza cultural encontrada na própria compreensão e tratamento do tema. Pode-se aqui vislumbrar neste conceito a higiene das cidades? Ou qualquer indicio que leve a compreensão da importância da reciclagem? Induz o conceito a exploração econômica do lixo? Evidentemente, não (FERREIRA apud TEIXEIRA, 2004). A classificação de alguma coisa como resíduo varia de acordo com o espaço, tempo e cultura. Pode-se afirmar que estes conceitos estão sempre relacionados com a forma de organização adotada pelo homem para produzir e viver em comunidade. De acordo com Figueiredo apud Pires (2004), lixo ou resíduo pode ser confederado como toda matéria ou energia criada pelo homem e que depois de utilizada não é absorvida pelo meio ambiente. Para a NBR n. 10.004 (2004) da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, repetida na resolução n.05/93, do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, considera-se lixo, ou melhor,