Resíduos ETA
Desde há muito tempo, o destino dos resíduos de uma estação de tratamento de água tem sido um curso de água próximo, frequentemente a própria fonte que a estação processa. Entretanto, a crescente preocupação e a regulamentação sobre a preservação ou recuperação da qualidade do meio ambiente, têm restringido ou mesmo proibido o uso deste método de disposição, impondo a procura por outros métodos que não ou pouco interferem com o meio ambiente. Nos Estados Unidos, desde 1972 com a aprovação das emendas ao "National Pollutant Discharge Act", considera-se o lodo gerado no tratamento de água como resíduo industrial e, assim, sujeito a restrições legais.
Entre os métodos alternativos de disposição de lodos pode-se incluir o lançamento na rede coletora, em lagoas com largo tempo de detenção, aplicação no terreno, aterros sanitários e aproveitamento de subprodutos. Estes últimos três métodos de disposição exigem a desidratação do lodo a um nível que permita facilitar seu manuseio e reduzir os custos de transporte, por meio da redução de volume e consequente aumento de densidade. Para isso, diversas tecnologias de manejo de lodo têm sido testados, e dispositivo mecânicos como filtração a vácuo, filtros prensa, centrifugação e filtros prensa da correia.
Fonte: Livro "Tratamento de Lodos de Estações de Tratamento de Água. Estação de Tratamento de Água - GUARAÚ
1.1. Considerações Teóricas
A ETA Guaraú é uma estação do tipo convencional, compreendendo os seguintes processos de tratamento:
1.1.1. Coagulação
Na água bruta, além de partículas sedimentáveis, existem impurezas que se encontram em suspensão fina, estado coloidal ou suspensão (bactérias, protozoários e plâncton). A coagulação consiste em reações físico-químicas que ocorrem entre o coagulante e a alcalinidade para formar um precipitado. Como conseqüência os colóides da água bruta, ficarão desestabilizados,