DISPOSIÇÃO ALTERNATIVA PARA REJEITOS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
Autora: Daiana Scarpato Cavasoti
Orientador: MSc. João Geraldo Molinari Peres
RESUMO
O crescimento da demanda por água potável tem implicado em um aumento da quantidade de resíduos nas estações de tratamento de água (ETA). A maior parte do rejeito é produzido nos decantadores e uma pequena parte nas lavagens dos filtros. O lodo de ETA, apresenta um grande teor de umidade, maior que 95%, geralmente sob forma de fluido. Após a remoção do lodo, estes devem ser destinados corretamente, para não causar nenhum impacto negativo ao meio ambiente. Para o aproveitamento do lodo em estudo, utilizou-se o processo de secagem natural, auxiliando assim, seu acondicionamento, manuseio, transporte e utilização. Após secagem foram realizados os ensaios de corpos-de-prova, carga de ruptura e resistência mecânica, no laboratório de Solos do Centro Regional de Espírito Santo do Pinhal. Posteriormente foram avaliados os resultados de desempenho dos ensaios, contendo 10%, 15%, 20%, 25%, 30% de adição de lodo de ETA, com proporções de 100g de cimento, 300g de areia e 45g de água em cada corpo-de-prova. O trabalho demonstrou a viabilidade e vantagens para disposição alternativa do lodo de ETA, que não seja o envio á rede de esgotamento sanitário ou pluvial, o que vem acontecendo na grande maioria das estações de tratamento de água para abastecimento.
Palavra-chave: estação de tratamento de água; lodo de ETA; corpos-de-prova.
1. INTRODUÇÃO
Existe uma grande preocupação com os resíduos gerados nas estações de tratamento de esgoto (ETEs), em contrapartida é bem menor a preocupação nas estações de tratamento de água para abastecimento (ETAs).
Os resíduos das ETAs são gerados nos decantadores e filtros. Esses se caracterizam por possuírem grande umidade, maior que 95%, estando, geralmente, sob forma fluida. Segundo Richter (2001), o volume de lodo produzido representa de