Resumo
Primeira Parte
Observa-se que esta fase, de máxima defasagem entre sonho e realidade, também se veste de máxima comicidade: o sisudo Quaresma representando o Tangolomango, ou reproduzindo o livro goitacá de boas maneiras, só faltando chegar a "alta costura" de Adão; ou ainda, acreditando na oficialização do tupi-guarani... A loucura é o resultado lógico de tamanha ruptura entre o sonho e a realidade. Capítulo I: A lição de violão O capítulo um narra basicamente os hábitos de dois personagens, o do protagonista Policarpo Quaresma e do seu professor de violão Ricardo Coração dos Outros. O autor aproveita para descrever ao longo do capítulo o modo como o Major Quaresma era baixo, magro e com um cavanhaque, quase sempre vestido de fraque, cartola e pince-nez. Além de seus hábitos de leitura e pontualidade altamente metódicos. Mas o que mais chama a atenção são as características "psicológicas" deste personagem, mais precisamente seu espírito nacionalista. Policarpo sabe tudo sobre sua nação, só lê livros que sejam de autores brasileiros ou que tratem da história do Brasil, mas não se pode dizer que ele não tem fundamentos para isso, já havia lido outros autores e realmente preferia os brasileiros. Além disso, tinha profundo conhecimento geográfico, histórico, cultural do Brasil, nunca visou fortuna ou teve aspirações políticas, era o perfil perfeito do patriota. Através disso ele conquistou o respeito de seus vizinhos e colegas de trabalho, apesar de muitos se queixarem que as poucas vezes que o personagem falava, não tinha outro assunto a não ser o país e suas qualidades. Porém toda essa admiração mudou um pouco depois que a vizinhança descobriu que ele vinha tendo aulas de violão, instrumento que era atribuído aos malandros na época. Policarpo se esquivava dizendo que o violão era um instrumento tipicamente brasileiro e era preconceito dizer que todos que o tocavam eram malandros, além disso, seu