Resumo
O autor da frase “tudo é historia” esta correto, pois tudo tem uma historia. A identidade negra não surge da tomada de consciência entre população negra e branca ou negra e amarela. Resulta de um processo histórico que da inicio com o descobrimento no século XV do continente africano, foi esse descobrimento que abriu o caminho ás relações mercantilistas com a África, ao trafico negreiro, á escravidão e a colonização do continente africano e de seu povo.
Essa historia é bem conhecida, esses povos foram sequestrados, capturados, tirados de suas origens e trazidos amarrados para países do continente americano, o Brasil incluído; sem saberem de nada, nem pra onde estavam sendo levados e o motivo. Essa história é totalmente diferente da historia dos emigrados europeus, árabes, judeus e orientais que decidiram sair dos seus devidos países por vontade própria.
Com base, no “Negritude”, que foi a primeira tentativa para cercar as nações de alteridade e identidade em torno do conceito de negritude resultado do contexto colonial, um dos objetivos fundamentais da negritude era a afirmação e a reabilitação da identidade cultural, da personalidade própria dos povos negros.
No movimento de fluxo e reflexo queriam entender as dificuldades que os afrodescendentes encontraram para colonizar politicamente sua identidade cultural. Mais nas tentativas sempre havia um obstáculo: a mestiçagem. Foi o que me levou Munanga a situar a questão da formação da identidade negra no Brasil, dentro da proposta da formação da identidade nacional, onde o processo passaria pela eliminação das diversidades étnicas e biológicas, segundo o modelo de Construção do Estado - Nação ilustrado por países como a França. Embora chegou a conclusão de que tanto a negritude no contexto africano como o ideal do branqueamento no contexto brasileiro