Resumo
HISTERECTOMIA: A RECUPERAÇÃO DA MULHER
O Cancro do Colo do Útero é uma patologia muito em voga que mecanicamente interliga vários serviços, desde o Centro de Saúde onde se faz a prevenção e diagnóstico, oncologia, cirurgia, entre outros. A histerectomia é um procedimento operatório frequente, avaliando-se que entre 2030% das mulheres serão submetidas a esta operação até a sexta década de vida. A frequência desta cirurgia varia conforme o país, sendo muito mais alta nos Estados Unidos e na Austrália, quando comparados à Europa (Kovac, 2006, p.186). No que se refere à escolha da via de acesso, esta varia conforme a doença, o volume uterino, o prognóstico e a experiência dos elementos que compõe a equipa cirúrgica. Os procedimentos técnicos da histerectomia têm vindo a evoluir com o passar do tempo e há quase um consenso nos tempos operatórios principais. Contudo, existem três abordagens possíveis para a sua execução no tratamento de doenças benignas: a via abdominal, a via vaginal e a via laparoscópica. Compreende-se que existem condições absolutas e relativas para a indicação da histerectomia. Porém, as vantagens e desvantagens devem ser avaliadas quanto à escolha da histerectomia e de outros tratamentos alternativos e principalmente considerar a perspectiva da mulher sobre o tratamento proposto. Na grande maioria dos casos, a histerectomia é um procedimento electivo. Ainda assim, só deve ser considerada se o problema em questão não puder ser tratado com tratamentos menos invasivos que preservem o útero ou se tais tratamentos não tiverem sido bem sucedidos. A Histerectomia, como qual quer processo cirúrgico acarreta complicações quer físicas quer psicológicas. A nível físico, as potenciais complicações a longo prazo incluem incontinência urinária tardia, retenção urinária e disfunção intestinal nomeadamente o aparecimento de aderências pélvicas. No pós-operatório recente, as complicações são temporárias e transitórias estando relacionadas