resumo
Conforme argumenta o autor, as velhas identidades de sujeito unificado e estável estão entrando em colapso devido ao abalo de quadros de referência até então existentes, dando origem a identidades fragmentadas e deslocamento do individuo. Assim, o sujeito não encontra um real pertencimento e diante de uma gama de possibilidades que lhe são postas, acabam se identificando, através de formas de representação cultural, com varias identidades. Ou seja, de acordo com os diferentes momentos e situações se incorpora uma nova identidade. Segundo Hall, ”A identidade plenamente unificada, completa segura e coerente é uma fantasia” (Hall, 1990).
O autor fundamenta sua análise citando três concepções de identidade:
• Sujeito do Iluminismo
• Sujeito sociológico
• Sujeito pós-moderno
A primeira concepção individualiza o sujeito e sua identidade, enquanto a segunda defende a interação entre as culturas e as diferentes identidades, a terceira concepção refere-se à possibilidade de assumir diferentes identidades e reforça o não pertencimento a um determinado padrão cultural.
O autor coloca ainda que, as transformações na modernidade tardia, mais especificamente, mudanças provenientes do fenômeno da globalização constituem significativos impactos sobre as identidades. Hall cita Marx: é o permanente revolucionar da produção,o abalar ininterrupto de todas as condições sociais a incerteza e o movimento eternos ...Todas as relações fixas e congeladas,com seu cortejo de vetustas representações e concepções,são dissolvidas,todas as relações recém-formadas envelhecem antes de poderem ossificar-se .Tudo que é sólido se desmancha no ar...(Marx e Engels,1973,p.70).
In: HALL Stuart. A