resumo
Micheli Ortega Escobar
RESUMO
O trabalho expõe uma crítica às concepções idealistas que se constituem em referências para o autor do artigo "Mas afinal, o que é
Educação Física?" e procura responder aos problemas, de ordem filosófica, epistemológica, metodológica e política, levantados pela pergunta. As contribuições das autoras surgem da radicalização da crítica a partir dó marco teórico e metodológico materialistahistórico-dialético.
Recife, 30 de Novembro de ! 993.
"MAS AFINAL, O QUE É
EDUCAÇÃO FÍSICA?: UM
EXEMPLO DO SIMPLISMO
INTELECTUAL"
Em texto recente, apresentado pelo professor
Adroaldo Gaya, em aula inaugural ministrada na ESEF/
UFRGS, intitulado "Mas afinal, o que é Educação Física?", o autor nos acena com a volta ao simples, como caminho para encontrar respostas ao que, afinal, seja Educação Física.
Por solicitação do editor da revista Movimenta estamos apresentando este primeiro texto de uma série, com o objetivo de instigar reflexões mais profundas sobre o tema, onde explicitaremos elementos para contestar uma definição de Educação Física elaborada idealisticamente. (Lenine,
1982).
Não é nova, no seio da intelectualidade, a utilização de recursos desmobilizadores da reflexão e do debate político e ideológico, como os de "colocar como referência a própria ausência de referências", ou de
"voltar ao simples" (Freitas,
1991), assim desconhecendo, ingenuamente e sem sutilezas, as relações sociais subjacentes à produção do conhecimento e à prática pedagógica.
A definição de Educação
Física, apresentada por Gaya em sua aula inaugural
ESEF/UFRGS, setembro/
1993, tem como ponto de
(1)
partida a recorrência cultural ao simplismo - próprio das tendências onde prevalece a incerteza, a volta ao
passado, a busca de raízes étnicas - para sistematização do conhecimento, produzido sobre o assunto. Essa recorrência pode ser exemplificada e reconhecida no
seu