resumo
Roberto da Matta trata do paradoxo de tentar adequar uma lei universal ao jeitinho brasileiro. Inicialmente ele trata de questões típicas do ambiente brasileiro e imbuída de “brasilidade”. Em como podem valer, concomitantemente, regras antagônicas que se estende da desordem carnavalesca às leis que deveriam ser aplicadas a todos sem exceção.
A conseqüência é uma sociedade dividida entre duas unidades de organização social: o indivíduo, o qual se liga a leis universais que transformam a sociedade, e a pessoa, que guia ao pólo tradicional do sistema – o sujeito das relações humanas.
Ressalta-se como bons exemplos França, Inglaterra e Estados Unidos, países em que os legisladores não criam direito que contrariem os costumes, o bom senso e a razoabilidade, para não condenar a sociedade a entraves burocráticos e à própria corrupção do sistema. Condutas essas adversas e ilógicas ao corpo social brasileiro. Aqui, o Estado submete o indivíduo a relações aviltantes e exploratórias em que se cria um novo direito que muitas vezes vai de encontro à ordem social.
Lá, naqueles países onde o mundo constitucional e jurídico prevalecem, formou-se uma justiça ágil e mantenedora dos fundamentos de sua constituição. Contudo, aqui, desculpe o termo, na República das Bananas e outros produtos tropicais, criou-se o jeitinho, o meio termo entre o certo e o errado, o não pode e o pode.
Da Matta, classifica o jeito como um modo ou estilo de realizar atrelado à condutas humanas, que apresentam falhas com a formalidade e impessoalidade dos representantes do Estado ou pessoas com quem foi marcado compromisso .
Frise-se o confronto engendrado entre uma pessoa normal, simples e uma pessoa que tem o múnus público que se encontra investido de tal poder em seu trabalho. Tal pessoa ao invés de ajudar complica a vida do indivíduo que foi procurar por tal serviço, a qual não tem outra forma, a não ser de conseguir o que