Resumo
Livro I
Toda arte e toda investigação, assim como toda ação e toda escolha, visa um bem qualquer. O bem é aquilo a que todas as coisas tendem. A política utiliza as demais ciências e legisla sobre todas elas. Tanto o vulgo como os homens de cultura superior dizem ser esse bem é a felicidade e identificam o bem viver e o bem agir como o ser feliz.
A finalidade existente para tudo que fazemos será o bem. Só existe um fim absoluto, será o que estamos procurando; e, se existe mais de um, o mais absoluto de todos será o que buscamos. Não é fácil realizar atos nobres sem os devidos meios como amigos e filhos.
Definimos a felicidade quando dizendo que ela é uma atividade virtuosa da alma. Sendo assim, chamaremos felizes àqueles dentre os seres humanos vivos em que essas condições se realizem ou estejam destinadas a realizar-se. A virtude que devemos estudar é a virtude humana, que é a da alma; e também à felicidade chamamos uma atividade de alma. Existem virtudes intelectuais e outras morais. As primeiras são as disposições da alma e as últimas da ação.
Livro II
A virtude intelectual é adquirida com o tempo; enquanto a virtude moral é adquirida em resultado do hábito. Não nascemos com virtudes, mas sim com a capacidade de recebê-las e aperfeiçoá-las.
O homem que a tudo teme e de tudo foge, torna-se um covarde, e o homem que não teme absolutamente nada, mas vai ao encontro de todos os perigos, torna-se temerário. A temperança e a coragem, pois, são destruídas pelo excesso e pela falta, e preservadas pela mediania.
As virtudes dizem respeito a ações e paixões, e cada ação e cada paixão é acompanhada de prazer ou de dor, também por este motivo a virtude se relacionará com prazeres e dores.
Medimos nossas próprias ações pelo prazer e da dor, é mais difícil lutar contra o prazer do que contra a dor. Pelas nossas virtudes e vícios somos efetivamente louvados e censurados. O excesso e a falta são característicos do vício, e a mediania da virtude.