resumo
LARAIA, ROQUE DE BARROS. Cultura: um conceito antropológico. 14.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001. p. 9-29.
A busca para se explicar as diferenças de comportamentos étnicos perdura desde a antiguidade. A diversidade dos modos de comportamento existes entre os povos foi algo que sempre atraiu a atenção do ser humano, desde Confúcio no século V a.C, o qual afirmou que “a natureza do homem é a mesma, são os seus hábitos que os mantem separados”, aos antropólogos modernos. A procura pelo que estabelece essas diferenças culturais tem desencadeado diversos estudos.
Para tentar resolver esta questão estabeleceram-se inúmeras teorias, uma delas é o determinismo biológico, cujo atribui as capacidades específicas inatas ás raças ou a outros grupos humanos. Essa conjectura no entanto, foi definida pelos antropólogos como incoerente, pois, estudos científicos constatam que as diferenças genéticas não são determinantes para as diferenças culturais. Mas é coerente afirmar que, tais diferenças tem uma ligação direta com a história cultural de cada grupo, pois o comportamento do individuo depende do aprendizado, do processo de endoculturação.
Uma outra teoria que buscou resolver a problemática é o determinismo geográfico, o qual alega que a diversidade cultural é estabelecida pela diferença de ambiente físico. No entanto estudos concluíram que é possível no mesmo ambiente físico existir uma diversidade cultural. A ação da força da natureza sobre o homem não tem a capacidade de determinar as diferenças étnicas, no entanto, constata-se que essas forças decisivas estão ante a própria cultura.
Essa ideia a respeito da diversidade de comportamento étnico crescia na mente humana desde a antiguidade mas, a formalização desse pensamento só passou a existir em 1871 quando Edward Tylor uniu o termo germânico Kultur (utilizado para simbolizar todos os aspectos espirituais de uma comunidade) a palavra francesa Civilization (referia-se