RESUMO - “Da perdição à esperança: Terra-pátria 14 anos depois” Edgard de Assis Carvalho
“Da perdição à esperança: Terra-pátria 14 anos depois”
Edgard de Assis Carvalho
No ano de 2007 o autor já observava o que ainda pode ser visto em 2014: crueldade no mundo, ampliação de fanatismos, ódios, desigualdades, intolerâncias. O texto trata da necessidade de se resgatar a esperança e a responsabilidade para que seja possível exercer a sustentabilidade e a solidariedade.
O autor defende uma reforma de pensamento, para que esses princípios tenham condições de biopolíticas de concretização, uma vez que vivemos num “diálogo de surdos”, onde tentamos fazer valer nossas opiniões frente às opiniões alheias, defendendo nossos pontos de vista – quaisquer que sejam eles – sem que haja qualquer reflexão a respeito do ponto de vista do outro. Essa ideia de que o homem tenta fazer valer aquilo em que ele acredita, sem possibilidade de discussão e reflexão, continua extremamente presente e vívida ainda em 2014, podendo ser observada na época atual de eleições, aonde a população vem declaradamente se atacando para defender o candidato que apoia, sem haver a possibilidade de uma discussão saudável para que ambos os pensamentos evoluam, uma vez que ocorrem brigas com constante agressão verbal e, às vezes, física. Muitas vezes, esse comportamento do ser humano assemelha-se com a de um cavalo que utiliza um tapa-olho¹, sendo possível apenas olhar para frente, gerando essa incapacidade de analisar novas ideias e permitir-se mudar de opinião, construindo concepções moldadas a partir de debates que fazem com que o conhecimento humano cresça.
Reconhecendo que a sociedade percebe as injustiças, intolerâncias e ódios que dela fazem parte, o autor argumenta numa tentativa de fomentar a revolta, que se encontra homeopática. Tenta-se trazer a tona a “responsabilidade ética-política diante da violência do capitalismo global e do caráter abjeto de seus efeitos”, para que o homem supere o sentimento de impotência e assim se torne possível a regenaração biocultural