Resumo "o que é arte" jorge coli
O autor dá início ao livro levantando a complexa questão de “o que é arte”. Muitas definições podem ser dadas a esse conceito, e mesmo havendo tantas é impossível escolher uma só como sendo a verdadeira. A infinidade de trabalhos a respeito da arte tornam ainda mais complicada uma definição da mesma. Mas se não podemos descrevê-la, pelo menos podemos exemplificá-la, e isso ocorre porque, segundo Coli, “nossa cultura possui uma noção que denomina solidamente algumas de suas atividades e as privilegia”. Através de quadros, músicas, esculturas, entre outros, a arte define-se por si só. É uma noção sólida e privilegiada, mas que também possui limites. Surge então a dúvida de que objetos podem ser, ou não, classificados como obras de arte.
Para decidir a resposta, a nossa sociedade possui instrumentos específicos, como curadores, críticos e historiadores. Além de pessoas, temos também os locais que dão estatuto às obras, como museus, galerias ou igrejas. Pode-se dizer então que a classificação 'arte' não é uma definição abstrata ou lógica, e sim atribuições feitas pelos instrumentos citados acima.
Entre as obras de arte, existe uma hierarquia que é determinada por fatores exteriores. A crítica, por exemplo, além de atribuir o estatuto arte, também a classifica em uma escala de preferências, segundo critério próprio. Porém, o autor defende que um objeto não é mais arte do que outros só por ter sido considerado assim através de uma crítica. Ele dá o exemplo de um carpinteiro, que pode apreciar ou criticar a qualidade de um móvel, tendo como embasamento seus conhecimentos. Sua chance de acertar sobre a qualidade do móvel examinado é garantida. O mesmo não acontece com o crítico da arte, pois este carrega uma complexidade maior já que não dispõe do recurso da objetividade. É preciso ter conhecimento sobre o estilo do autor, para que se possa reconhecer facilmente a sua produção. Na história, várias vezes o