Resumo ' O nascimento da medicina social'
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A medicina moderna é intrinsecamente ligada ao modelo econômico capitalista e todos os paradigmas que o encerram. Neste sentido, destaca-se o conceito da propriedade privada, que se manifesta nos campos biomédicos através do individualismo do tratamento médico. Este valor, uma garantia estatal prevista em norma constitucional, foi incorporado aos interesses empresariais que regem o regime capitalista, transformando bem estar em patrimônio privado (vide seguro de saúde, construção de hospitais privados, etc). De fato, vemos em muitos ordenamentos estatais contemporâneos, inclusive o brasileiro, uma prevalência qualitativa de hospitais privados, que impõe preços extremamente debilitantes para tratamentos muitas vezes essenciais, tornando-os inacessíveis à população menos abastada. Entretanto, a visão capitalista da medicina nem sempre seguiu esta raciocínio, implementando políticas que contradizem a realidade atual, mas sempre mantendo um foco menos humano e mais monetário, como veremos a seguir. Como é citado no texto “ O capitalismo socializou a medicina por ter o corpo como força de trabalho e produção, fazendo da medicina uma estratégia biopolítica”, e a partir desse conceito seria formado a medicina social que é divida em 3 partes, a medicina estatal, urbana e da força de trabalho. Demonstrando que não se pode focar somente no indivíduo em si e sim na sociedade como um todo. A medicina de estado constava em uma preocupação mercantilista com o que seria produzido por aquela organização social para que assim fosse construído uma força estatal estável. O meio encontrado para colocar essa teoria em prática foi a criação da polícia médica que consistia em um controle do estado sobre a natalidade e mortandade de seus cidadãos, no entanto, não existia nenhuma outra política para cuidar do bem estar populacional. O foco governamental nesse momento era o crescimento do bônus demográfico, não importando se este aumento estava sendo de uma forma