Resumo O caso Dos Exploradores de caverna
Cinco integrantes de uma organização amadorística de exploradores de cavernas ficam presos ao fazerem uma escavação em que ocorre um desmoronamento. No momento que tentaram ser resgatados, acontece outro desabamento e dez operários, contratados para resgatá-los, morrem soterrados. Quando ficaram sem mantimentos fizeram um acordo entre si: quem perdesse na sorte, entre os cinco, teria sua vida tirada para servir de alimento para os demais, para não morrer de inanição, acordo sugerido por Roger Whetmore. Ao serem resgatados, descobriu-se que Roger Whetmore fora morto e servira de alimento aos outros exploradores. Os sobreviventes são processados e condenados à morte pela forca, pelo assassinato de Roger. Os acusados recorrem da decisão. Foram julgados então por mais quatro juízes, que expuseram seus argumentos, deram dois votos a favor da absolvição (Foster e Handy), um os condenou (Keen) e outro se recusou a participar da decisão do caso (Tatting), contando com o voto do presidente do Tribunal de Primeira Instância (Truepenny), dá-se o empate e a sentença condenatória foi confirmada. Os acusados foram mortos na forca.
3 - Argumentos do Caso
Foster, J. –
O juiz Foster tem uma visão mais voltada ao “senso comum”, julgando-os acusados de forma que, tendo em vista o trauma que já sofreram na caverna, são inocentes. Impõe a ideia de que os acusados estavam fora de uma abrangência territorial por estarem presos na caverna, e encontravam-se não em um “estado de sociedade civil”, mas em um “estado natural” e que a lei que deve ser-lhes aplicada não era a civil, massa lei natural.
Expõe a ideia de que os acusados fizeram um contrato que servia de lei dentro da caverna e, primeiramente aceita pela própria vítima, que em relação a esse contrato não cometeram crime algum, a ideia de que não era justo que dez vidas de trabalhadores, que morreram ao tentarem resgatar os cinco indivíduos presos na caverna, tenham sido em vão. Assim ele encerra o primeiro