Resumo O Capital(Costa Gravas)
Mais uma obra-prima do grande cineasta Costa-Gavras. Depois de sucessos como “Missing, o desaparecido”, que fala de um americano que “desapareceu” no Chile durante a ditadura Pinochet, e “Amém”, que fala da “vista grossa” que a Igreja Católica fez ao Holocausto de judeus na Segunda Guerra Mundial, o cineasta grego nos brinda com “O Capital”.
O filme é centrado em torno do personagem Marc Tourneuil (interpretado por Gad Elmaleh), que se tornou homem de confiança do presidente de um poderoso banco francês. Mas esse presidente está com câncer e transfere a presidência para Marc, a contragosto de praticamente todos os executivos do banco, que querem derrubá-lo. Marc percebe toda a trairagem envolvida e, já numa de suas primeiras reuniões, marca seu território, impondo um salário compatível com seu cargo. Mas essa queda de braço era só a ponta do iceberg. Seu banco, o Phenix, tinha ligações com outros bancos e grandes capitalistas americanos, personificados na figura de Dittmar Rigule (interpretado pelo grande Gabriel Byrne; quem não se lembra, ele é o D’Artagnan do “Homem da Máscara de Ferro”, com o Leonardo di Caprio), que quer tirar todas as vantagens possíveis e imagináveis do banco Phenix. Marc chega a ser pressionado por Dittmar para fazer um programa de demissões com o intuito de subir as ações do banco Phenix. Marc o faz, através de uma teleconferência onde todos os funcionários do banco no mundo participam de um questionário onde eles mesmos apontam quem deve ser demitido, seja por assédio moral, sexual, atitudes autoritárias, etc. Isso provoca um aumento no valor das ações e também um profundo corte na carne, como se costuma dizer por aí. Entretanto, as pressões continuam por todos os lados em cima de Marc, que tem que jogar de acordo com as regras do jogo capitalista, ou seja, driblando e fazendo todas as canalhices e trairagens da pior espécie. Por isso mesmo, ele ficou rotulado como um tipo de Robin Hood