Resumo N Elias
Por Larissa Freitas e Marcos Mondardo
Norbert Elias considera que a sociedade é formada por indivíduos que são singulares em cada tempo e em cada espaço. É através dessas singularidades que, em cada tempo e em cada espaço, se formam e/ou são construídas diferentes sociedades. Essas sociedades são “projetadas” fundamentalmente por tramas de relações sociais, o que Norbert Elias chama de “fenômenos reticulares”, ou seja, as funções exercidas, as cadeias de atos (ações) são produzidas no interior de uma rede móvel humana de relações de interdependência. Essa rede é composta por estruturas, cadeias de ações, por limites e por possibilidades.
Dentro dessa concepção de análise sociológica, analisa que as “pessoas constituem teias de interdependência ou configurações de muitos tipos, tais como famílias, escolas, cidades, estratos sociais ou estados, ficando claro constatar que o indivíduo e, sobretudo a relação entre indivíduo e sociedade, assume centralidade na análise do social.
A análise dessa configuração da sociedade para Norbert Elias traz também a necessidade de caracterizar uma nova orientação para o estudo da sociologia e da própria história, estabelecendo um novo caminho para analisar essa configuração, cujo processo central é o estudo do comportamento humano, da sua evolução e desenvolvimento social. Assim, sua proposta inicial na década de 1930 era estabelecer um processo de revisão nas teorias sociais de então. De acordo com o autor:
(...) todos sabem o que se pretende dizer quando se usa a palavra “sociedade”, ou pelo menos todos pensam saber. A palavra é passada de uma geração a outra como uma moeda cujo valor fosse conhecido e cujo conteúdo já não precisasse ser testado. Quando uma pessoa diz “sociedade” e outra a escuta, elas se entendem sem dificuldades. Mas será que realmente entendemos? (ELIAS, 1994, p. 63).
Partindo desse questionamento Elias constrói seu raciocínio