Resumo a política como vocação - weber
O intuito de Weber é examinar o que é vocação política e qual o sentido que ela pode revestir. Apenas abordará questões da atualidade no final do texto.
O conceito de política é muito amplo, contudo não adotará para fins desse texto, uma significação longa, definindo política como a direção do agrupamento político denominado “Estado” ou a influência que se exerce em tal sentido.
Sociologicamente Estado só se permite ser definido pelo meio que lhe é peculiar do mesmo modo que é peculiar a todo agrupamento político, que é o uso da coação física. A violência não é o único instrumento de que se vale o Estado, mas é seu instrumento específico. Há uma relação intima entre Estado e violência. Ele concebe o Estado contemporâneo como uma comunidade humana que, dentro dos limites de determinado território reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física. Em nossa época, só reconhecemos o direito de fazer o uso legítimo da força ao Estado, transformando-o na única fonte do “direito” à violência. Desse modo, entenderá por política o conjunto de esforços para participar do poder ou influenciar a divisão do poder entre Estados ou no interior de um Estado. Ressalta que todo homem que se entrega à política aspira o poder, por o considerar como instrumento a serviço da realização de outros fins – ideais ou egoísta – ou porque deseja o poder pelo poder, para gozar do sentimento ou prestígio que ele confere.
Assim como os agrupamentos políticos que o precederam, o Estado consiste numa relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento da violência considerada como legítima. É nesse sentido que o Estado só pode existir na medida em que os homens dominados se submetam à autoridade continuamente reivindicada pelos dominadores. Se questiona, então, em que condições e porque eles se submetem e em que justificações internas e meios se apóia essa dominação.
Segundo Weber, existem três razões internas que justificação