Resumo: a política como vocação - max weber
Max Weber
Em sua obra “A Política como Vocação”, que foi originalmente ministrada numa conferência para estudantes da Universidade de Munique, na Alemanha em 1919, Max Weber se atenta às questões fundamentais do texto: o que é política? O que é Estado Moderno? Quais são as qualidades do “político por vocação”? E qual é a relação existente entre ética e política? Ele apenas abordará questões da atualidade no final do texto. Essas serão as questões abordadas nesta peça.
O autor lembra existir um amplo sentido para a palavra política, com diversos significados em diversos contextos, contudo ressalta que seu foco estará no objetivo de tentar compreender a política a partir da direção ou influência sobre a direção de uma associação política, ou seja, de um Estado. Para ele, o sentimento que move um indivíduo a se entregar à política, viver dela ou para ela é o desejo de poder, que pode ser definido como a capacidade de influir sobre os outros seres humanos. Mais especificamente ele afirma que “entenderemos por política apenas a direção do agrupamento político hoje denominado ‘Estado’ ou a influência que se exerce em tal sentido“. (pág 55).
Para prosseguir em seu texto, e sua análise sobre o Estado moderno, Weber cita uma afirmação de Trotski a Brest-Litovsk: “todo Estado se funda na força” (pág 56), ou seja, a violência não é o único instrumento de que se vale o Estado, mas é seu instrumento específico, pois se não se estabelecesse instituições sociais que utilizam da força física para o controle de um grupo de indivíduos, consequentemente seria formado uma sociedade anárquica. Valendo-se do monopólio do uso legítimo da força e o território, o Estado é considerado a única fonte de direito do uso da força física. Portanto, a política para nós quando fazemos o uso desta, é a participação no poder, isso posto, entenderá por política o conjunto de esforços para participar do poder ou influenciar a divisão do poder entre Estados ou