Estudos classicos
Sócrates persona em Platão
Profa. Gilda Naécia Maciel de Barros
Há vários Sócrates: Sócrates cômico de Aristófanes, Sócrates segundo Xenofonte, e ainda o Sócrates Platônico. Todos os textos escritos sobre o filósofo são opiniões de quem os escreveu e não há como definir o verdadeiro e real, mas há o mais conveniente. Na peça de Aristófanes, uma comédia, é feita uma caricatura de Sócrates e pode não ser levada a sério. Na obra de Xenofonte supõe-se que a fala de Sócrates na verdade é o próprio autor que a diz, com sua experiência e admiração que sentia pelo mestre. Portanto, a obra de Platão, “A apologia de Sócrates”, acaba tendo grande relevância.
Sócrates é Atopos (estranho, excêntrico, diferente) e não teria um método, pois não deseja chegar em lugar algum. Não se considera mestre de ninguém. Utiliza-se apenas da maiêutica e refutação para alertar os atenienses de sua própria ignorância. È sua missão, dada por deus, trazer luz aos indivíduos e os instigar a buscar e pesquisar a verdade por autonomia. Sócrates também busca e defende o valor do espírito, que é o bem mais luminoso no ser. Acredita que as qualidades são um dom dado a todos por deus, e devem ser alcançadas. Também para o filósofo a política é uma ciência e pode ser aprendida, mas a pólis deve ser governada com justiça, que é o bem mais supremo para o cidadão e bom funcionamento da cidade.
Sócrates, Platão e sua relação com a História da Educação.
O bem, para Sócrates, surge quando o homem consegue enxergar o mais luminoso em seu ser e se afasta das trevas; é fonte de verdade e necessário para governar com sabedoria sua vida privada e a vida pública. Para Platão em República a educação é um processo de aprimoramento e capacitaria certos cidadãos a governarem a pólis. Ambos criticam os sofistas da época e se voltam para uma educação mais elevada, voltada ao espírito e afastando-se do material.
Platão assegura a existência de um Estado justo e