Resumo A construção do sentido no texto: coesão e coerencia

Em seu texto A construção do sentido no texto: coesão e coerência, Ingedore Villaça Koch diz que a coesão e a coerência são fenômenos distintos e que é preciso considerar que existem zonas amplas de imbricação entre eles, nas quais se torna extremamente difícil ou mesmo impossível estabelecer uma preparação nítida entre um e outro fenômeno. Em continuidade, Ingedore Villaça conceitua a coesão textual como o fenômeno que diz respeito ao modo como os elementos linguísticos presentes na superfície textual se encontram interligados entre si, por meio de recursos também linguísticos, formando sequências veiculados de sentido. Diante disso apresenta duas grandes mobilidades de coesão: a remissão e a sequenciação, dizendo que a coesão pode desempenhar a função de (re)ativação de referentes ou a de “sinalização textual”. A reativação de referentes no texto é realizada por meio da referenciação anafórica ou catafórica, formando cadeias coesivas de referentes principais ou temáticos. Esse tipo de remissão pode ser efetuado por meios de recursos de origem gramatical, muitas vezes, a (re)ativação de referentes a partir de “pistas” expressas no texto, se dá na inferenciação. A remissão para frente –catáfora- realiza-se preferencialmente através de pronomes, numerais e advérbios pronominais. Em seguida citando Ehlich (1981), a autora diz que o espaço dêitico é o próprio espaço da atividade da fala, da situação de interação e que o procedimento dêitico constitui o instrumento para dirigir a focalização do ouvinte em direção a um item específico. Diz que Ehlich contrapõe “dêixis textual” a noção de anáfora para dizer que a dêixis textual não tem sido considerada uma dêixis propriamente dita, mas sim descrita com um uso anafórico ou catafórico. E se voltando a ideia anáfora e catáfora, diz que a anáfora estabelece uma relação de correferência, que nos casos de anáfora tem-se, com frequência instruções de congruência e que através da remissão anafórica