Resumo a cidade antiga - livro v, cap. 1
O Capítulo I trata da maneira em que a decadência das antigas crenças resultou no surgimento da filosofia e como esta foi um dos motivos para o fim do regime político municipal vigente até então.
O regime municipal surgiu devido às antigas crenças. Dessa forma, o estado estava muito ligado à religião doméstica de culto aos antepassados e ao fogo da lareira. Gradativamente, o espírito humano sofreu mudanças e, consequentemente, as “crenças não estavam mais à altura do espírito humano” (p.368). Não significa que os cultos foram abandonados subtamente, pelo contrário, continuaram a ser realizados por muito tempo, porém, perderam sua essência, seu significado para os cidadãos.
A morte era compreendida de outra forma e a idéia de divindade se transformou, o que afeta o culto a lareira, que estava desde o início intimamente ligada ao culto dos mortos. Gregos e italianos perceberam que os deuses que cada família cultuava e que todos davam o mesmo nome poderiam ser um único deus, o mesmo ocorreu com os demais deuses. Os poetas anunciavam em suas canções os feitos desses grandes deuses, enquanto o povo se esquecia dos antigos hinos.
Aconteceu, então, que, sem que as práticas fossem modificadas, as crenças se transformaram e a religião doméstica e municipal perdeu todo império sobre as almas. (p.370) Com o surgimento da filosofia, uma nova revolução intelectual ocorre, mudando as regras e valores da antiga política. Muitos filósofos foram exilados ou condenados a morte por conspirarem contra o regime.Os sofistas, que exercerem a maior influência:
"Colocavam as regras do sentimento religioso e da política na consciência humana, e não nos costumes dos antepassados, na tradição imutável. Ensinavam aos gregos que, para governar um Estado, já não bastava invocar os velhos costumes e as leis sagradas, mas era preciso persuadir os homens e agir sobre vontades livres." (p.370-371)
Sócrates, assim como Platão, acreditava que a regra