Resumo - vozes de uma gente invisível
FLEISCHER, S., SCHUCH, P., FONSECA, C. (Org) Antropólogos em ação. Experimentos de pesquisa em direitos humanos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.
No final dos anos 90, mais precisamente no ano de 1998, três jornalistas se reuniram para criar uma Organização Não-Governamental com o objetivo de desenvolver projetos voltados para a área social. A intenção era de discutir como a grande imprensa trata seus leitores e apresenta suas matérias; formar leitores críticos e contribuir para a democratização da informação no país.
Um dos projetos apresentados é o Boca de Rua, que propõe relativizar determinadas lógicas organizacionais. O Boca de Rua democratiza a comunicação, o intuito é que a comunicação seja vital, um direito das pessoas e que ela represente as pessoas
A impressa hoje não se preocupa em retratar todas as camadas da sociedade, os jornais de hoje privilegiam a exceção. Não encontramos nos jornal o retrato da real sociedade, porque a história não conta a vida dos indivíduos comuns.
A proposta é mostrar que a comunicação deve ser compreendida como a criação de um espaço que não apenas permita a manifestação pública das particularidades das diferentes expressões culturais, mas as registre, definindo seu lugar na história.
A intenção é dar voz a uma parte da população não atingida pela mídia, apresentando uma resposta crítica as propostas editoriais dos veículos midiáticos centrais. Criar um meio dos ‘invisíveis’ se comunicarem, criar um canal com eles, dar voz aos excluídos dos excluídos. É dada a oportunidade de contar a sua própria história.
Apesar de alguns dos colaboradores serem alfabetizados a escrita não faz parte da vida deles, a escrita é funcional e não faz parte da expressão discursiva. O discurso oral foi reorganizado para a escrita com o cuidado de não descaracterizá-lo.
Dentro dos temas recorrentes está a violência, seja ela