resumo uma descrição densa

BOBBIO, Norberto. Teoria das formas de governo. Fundação Universidade de Brasília. 10ª edição, cap. I, Uma Discussão Celebre, p. 39-45. 1997.

Analisando determinada história dos tipos de formas de governo, podemos iniciar com uma discussão contada por Heródoto, entre três persas - Otanes, Megabises e Dario - sobre o melhor método de governo a aderir em seu país. Como observaremos cada personagem favorece um tipo de governo e crítica outro. Esses três modos de governo são: o governo de muitos (democracia), governo de poucos (aristocracia) e de apenas um (monarquia).
A proposta de Otanes era entregar o poder a domínio do povo, com o seguinte argumento:
[...] “conferindo tal poder, a monarquia afasta do caminho normal até mesmo o melhor dos homens. A posse de grandes riquezas gera nele a prepotência, e a inveja é desde o principio parte de sua natureza. Com esses dois defeitos alimentará todas as malvadezas: cometerá de fato os atos mais reprováveis.” (pag. 40-1).

Otanes, afirma que, contudo o governo do povo deve ganhar o melhor dos nomes ‘isonomia’ e que é totalmente diferente do comportamento do monarca. Que os cargos públicos seriam determinados por sorteios e que o escolhido deveria comunicar o povo de suas escolhas e atos, então conclui “proponho, portanto, rejeitarmos a monarquia, elevando o povo ao poder: o grande número faz com que tudo seja possível.” (pag.40-2).
Megabises, então recomendou a confiabilidade ao governo oligárquico, concordando com Otanes em relação à monarquia e discorda em relação a conceder o governo ao povo, com a teoria de que os plebeus não tem a possibilidade de saber o que fazem, ainda que o povo não tivesse sabedoria sendo que jamais aprendera algo útil. Então conclui “os que querem mal aos persas adotem o partido democrático; quanto a nós, entregaríamos o poder a um grupo de homens escolhidos dentre os melhores” (pag. 40-3).
Já Dario concorda com Megabises em relação ao governo do povo, porém discorda em relação ao