Resumo Soutes
Mensuração do custo para servir e análise de rentabilidade de cliente: uma aplicação em indústria de alimentos no Brasil
Palavra chave: Custo para servir, rentabilidade de clientes, custeio baseado em atividades.
INTRODUÇÃO
No que diz respeito à mensuração de custos, as atividades de produção têm tido prioridade em relação às atividades comerciais e de logística. Braithwaite e Samakh (1998) mencionam que as empresas se esforçam para saber em detalhe o custo de produção de seus produtos, mas têm pouca ideia de quanto custa servir um cliente.
Como forma de medir a rentabilidade de seus clientes, muitas empresas utilizam a margem de contribuição ou a margem de lucro bruto (SHARMAN, 1996). No caso do emprego do conceito de margem de contribuição, utilizado por meio do método de custeio variável, considera-se que o montante de margem de contribuição gerada em determinado período deva cobrir a estrutura de custos e despesas fixos do período e formar o lucro da empresa. O emprego do conceito de margem de lucro bruto decorre da utilização do método de custeio por absorção. Nesse método, todos os custos de produção estão alocados aos produtos, portanto a margem bruta deve cobrir as despesas da organização.
As metodologias de custeio direto e de custeio por absorção focam fundamentalmente o cálculo do custo de fabricação dos produtos. Os gastos relativos às atividades de atendimento aos clientes não são tratados por essas metodologias. Assim, é possível afirmar que os modelos de mensuração de custos não têm avançado com muita velocidade na identificação de como a forma de atendimento dos clientes impacta a estrutura de custos das empresas e a rentabilidade dos clientes.
Vários autores reforçam a relevância da mensuração do custo para servir os clientes. Para isso, é necessário poder mensurar, selecionar e estabelecer políticas de relacionamento com cada tipo de comprador dos produtos da empresa. No estudo de Sheth e Sisodia (1995a),