Resumo sobre a nova ordem mundial
A Guerra Fria compôs um sistema caracterizado por um mundo bipolar dominado por duas principais potências: URSS e EUA. O tipo de ordem bipolar já havia existido em outros períodos da história, não sendo algo novo com que se lidar. Víamos o estabelecimento de dois impérios que almejavam não apenas liderar o sistema internacional, mas sê-lo.
O colapso dessa ordem causou a decomposição do poder em esferas variadas. Ele passou a ser definido não mais como um conjunto absoluto, mas por categorias. Na nova ordem que se estabelece, as potências apresentam-se com diferentes tipos de poder. Algumas podem ter o poderio apenas econômico, outras militar, etc. A partir disso, considera-se que vivemos, hoje, num mundo multipolar. Diferentemente do sistema internacional da Guerra Fria, nos encontramos numa ordem em que existem seis potências de influência e poder relevantes: EUA, Europa, China, Rússia, Japão e Índia.
Os EUA viveram a maior parte de sua história num isolamento, sendo puxados para a participação mundial a partir das guerras mundiais. Essas guerras causaram a queda da Europa como potência por um bom tempo e deram destaque aos Estados Unidos, que surgiram da guerra como um império completo, poderoso em todas as esferas e capaz de estabelecer sua vontade em qualquer lugar. A partir disso, eles passaram a se envolver cada vez mais nas questões mundiais invocando a teoria da paz democrática como justificativa para suas interferências e postura messiânica no mundo.
A Rússia sempre foi uma potência imperial expansionista com exércitos enormes, englobando três esferas culturais diferentes (Ásia, Europa e o mundo muçulmano). No entanto, ao ter seu poder reduzido pós Guerra Fria, ela terá que definir sua identidade e escolher a qual esfera cultural ela vai dar a prioridade.
A China também sempre foi imperial, mas de forma isolacionista. Ela considerava estrangeiros como bárbaros e nunca houve país algum que contestasse sua primazia na Ásia.